Maurício Fernandes é presidente da Dedalus

Do mesmo jeito que confundir meio com mensagem, caminho com destino e causa com consequência, achar que dados e informação são a mesma coisa é um erro fatal. Em uma denominação básica, informação é o ato ou efeito de informar, já dado é um registro coletado de alguma forma. Na linguagem técnica, chamamos de bits.

Percebi a necessidade de falar sobre o tema no momento em que, ao mencionar a sua gestão, alguns profissionais de TI entendem que trata-se apenas de backup, restore, banco de dados e performance em transferir dados de um lado para o outro. A dúvida que fica é: será que eles entendem que gerir é olhar para o todo? Quando questiono, a resposta vem sem surpresas: “Sim, e eu já o faço”.

Mudar essa mentalidade é, basicamente, parar de olhar apenas para a tecnologia e focar no negócio como um todo. O primeiro passo, claro, é entender a diferença entre as duas definições. Parece óbvio, mas não é. Antes, a preocupação era apenas em tomar conta dos dados, armazenando e organizando de tantas formas diferentes. Agora a missão mudou.

É preciso processar, interpretar, avaliar e decifrar esses dados, porque a necessidade está na informação. Isso inclui, é claro, também usar tecnologias como Machine Learning, Data Lake, Inteligência Artificial, Data Analytics, BI.

Garantir que a informação flua a ponto de ajudar as empresas a migrarem para o que chamamos de transformação digital é uma tarefa que todos nós estamos aprendendo a fazer. Para isso, ainda que nossas experiências e conhecimentos nos ajudem, não são suficientes. Teremos que fazer com que essas tecnologias tragam informações estratégicas para os negócios.

Não ignore a complexidade da ação, mude o mindset e pare de acreditar em soluções fáceis. Esse é o primeiro passo rumo a jornada da transformação e estamos juntos nesta caminhada.