green4T aponta adequações simples que podem diminuir em 60% o gasto de energia, tornando implementações mais sustentáveis

 

O ano de 2020 tem sido atípico para todos os setores, com transformações profundas em todas as áreas. O processo de digitalização foi acelerado, com boa parte das empresas migrando para sistemas online de trabalho devido à pandemia de Covid-19. O resultado foi a explosão da geração de dados.

De acordo com uma pesquisa do International Data Center (IDC), divulgada em maio, o mundo gerou 59 zettabytes de dados nos primeiros cinco meses do ano. Isso representa o dobro de todo o ano de 2018 e 20% a mais do que a previsão do próprio IDC para todo o ano.

O setor de tecnologia tem agora a missão de tornar o processamento de dados mais eficiente, sem aumentar o consumo de energia elétrica

Com isso, o setor de tecnologia tem agora a missão de tornar o processamento de dados mais eficiente, sem aumentar o consumo de energia elétrica, e isso requer um minucioso planejamento das novas estruturas, além de uma readequação eficiente das que já estão em operação, para minimizar os impactos ambientais dessa evolução.

A green4T, uma empresa de soluções de tecnologia e infraestrutura digital, aponta saídas para tornar data centers mais sustentáveis, com boas práticas que podem reduzir em até 60% o consumo de energia em centros de processamento, o que é bom para as empresas e o planeta.

1. Mapeamento dos fluxos de ar
Mudanças de layout, como o posicionamento dos pisos perfurados no ambiente e a disposição dos racks, garantem que o ar frio não esteja sendo insuflado em regiões que não contém servidores. Além disso, o correto enclausuramento dos corredores quentes e frios do data center otimizam os gastos com resfriamento de ambiente.

2. Climatização e controle
O modelo de climatização In Room, ou seja, o resfriamento total do ambiente, implica na perda de eficiência e um maior gasto de energia. Soluções de resfriamento In Row permitem um controle granular de refrigeração, insuflando ar frio apenas nas áreas de maior dissipação de calor. Além disso, painéis de fechamento para as posições vazias dos racks, fechando os espaços não utilizados por servidores, evitam a concentração de ar em locais onde não há servidores e, consequentemente, não há necessidade de resfriamento.

3. Modernização
Novas técnicas e equipamentos chegam ao mercado de tecnologia todos os anos. Manter os equipamentos de refrigeração atualizados garante que a implementação receba o que há de mais eficiente, impactando diretamente no consumo de energia.

Atualmente, o método mais comum é o uso dos chillers, resfriadores de água utilizados na climatização para manter os ambientes na temperatura ideal. O recomendado é que haja a duplicação desse equipamento, para que o controle térmico seja mantido em caso de falha no chiller principal. No entanto, o método free cooling, que aproveita o ar externo para a refrigeração no interior do data center tem sido cada vez mais adotado por empresas, que comprovam redução consumo de energia.

4. Manutenção e aprimoramento
A simples troca periódica dos filtros de ar e a higienização dos equipamentos de resfriamento mantém a estrutura eficiente por mais tempo. Operações sem a manutenção adequada impactam na eficiência energética, até mesmo em data centers mais modernos.

Já o ganho de eficiência energética nos servidores pode ser obtido por meio de aprimoramentos na arquitetura de processamento e de conectividade. Cerca de 20% a 30% dos data centers no mundo são subutilizados, e a otimização desta camada pode gerar uma redução no consumo de energia de até 20%.