Luiz Penha é founder é Head de Operações da Nextcode

Atualmente, a presença de políticas de Compliance no ambiente corporativo assume um aspecto prioritário para empresas alinhadas com os tempos que vivemos. Não há como negar a importância de se contar com artifícios que garantam a integridade e a segurança das atividades conduzidas internamente, resultando em uma cultura organizacional sem margem para erros e falhas críticas.

Outra demanda que justifica um investimento abrangente em conformidade repousa na figura dos dados, diante a imensa necessidade de se resguardá-los legalmente. Fato é que, se por um lado, as organizações contam com o avanço de soluções disruptivas, que evoluem a todo instante, os desafios relacionados a ameaças cibernéticas também compactuam de um elemento variável, com atividades ilícitas que se adequam ao crescimento tecnológico.

Por isso, é preciso se pensar em alternativas robustas, que sustentem uma infraestrutura de TI preparada em termos de prevenção, combate e manutenção de etapas operacionais comprometidas.

Nesse sentido, o onboarding digital representa um processo de automatização completa e intuitiva, concedendo uma nova abordagem sobre a coleta e movimentação dos dados. Trata-se de uma medida técnica que possibilita uma mudança cultural bem-vinda, especialmente no que diz respeito à concepção sobre como o Compliance e a tecnologia podem convergir.

A inerência de conceitos de conformidade no debate sobre a transformação digital não é por acaso. Afinal, a cibersegurança é uma das principais motivações por trás de iniciativas que visam a inovação. Dessa forma, as informações armazenadas pelas empresas acabam centralizando os esforços de gestores interessados em uma gestão muito mais segura, acarretando em uma procura no mercado pela opção mais vantajosa.

Sem dúvidas, a primeira e impactante mudança a ser evidenciada é o modo como o meio corporativo lida com os dados, dessa vez, compreendendo o valor estratégico e a integridade ligada à cada material compartilhado e depositado no âmbito interno.

Para retirar essa linha de raciocínio do campo teórico e aplicá-la no dia a dia das operações, o onboarding digital cumpre uma função imprescindível, sob diversos aspectos. Imediatamente, a plataforma visualiza a jornada de dados com sua devida complexidade, oferecendo um nível elevado de automação por todos os setores, desde a coleta, filtragem, validação e gestão das informações do usuário.

O resultado é um procedimento amplo, mas simplificado, capaz de reduzir a ocorrência de falhas e os próprios prazos estipulados, dada a alta velocidade em que a verificação é realizada.

Ao optar pela estruturação de uma área de TI consolidada, especialmente se considerarmos as contribuições ligadas ao onboarding digital, o gestor poderá utilizar o fluxo de dados automatizado como um grande propulsor para ações inovadoras, inclusive as que potencializem o componente humano, personificado por equipes liberadas para atuar em atividades estratégicas e subjetivas, que desafiem os profissionais e estimulem suas principais capacitações.

Em um ambiente corporativo cujo a segurança informacional está a cargo da máquina, é natural que as lideranças tenham tranquilidade para redirecionar suas atenções a tarefas voltadas para o core business do negócio. Não menos importante, mostra-se a oportunidade de reformular a cultura de conformidade adotada pela empresa em questão, passando por quesitos éticos, legais, entre outras vertentes que definem a imagem e a significância de qualquer companhia.

Para concluir, retorno à afirmação que intitula o artigo. A automatização, por meio de seus ganhos técnicos e processuais, reivindica a responsabilidade acerca dos dados e coloca a governança em um estágio positivo de cibersegurança, seguindo um modelo escalável primordial para os próximos anos. Com o respaldo tecnológico, o Compliance poderá ser normalizado com a aderência desejada, trazendo à luz todos os benefícios esperados por quem prioriza esse tópico de relevância imensurável nos dias atuais.