De acordo com estudo da Capgemini, cerca de 39% dos bancos brasileiros implantaram soluções digitais para aumentar as vendas e a experiência do cliente, movendo as instituições para a nuvem

Em meio às inovações tecnológicas que têm impactado as transações e atividades bancárias, a migração de dados para a nuvem surge como uma das tendências com potencial para pautar as discussões do setor nos próximos anos.

No Brasil para participar do CIAB Febraban, Felipe Conill, VP da Cyxtera Technologies, provedora de segurança digital focada na detecção e prevenção total de fraudes eletrônicas e em cibersegurança, é um dos que apostam nesse movimento.

Em um mercado global, no qual as pessoas se tornaram ‘mobile first’, elas esperam que todos as aplicações funcionem

“Questões como a segurança e as regulações de cada país em relação aos dados dos clientes atrasaram um pouco o deslocamento das informações, no entanto, a atividade agora ganhou força”, afirma. De acordo com estudo da Capgemini, cerca de 39% dos bancos brasileiros implantaram soluções digitais para aumentar as vendas e a experiência do cliente, movendo as instituições para a nuvem, onde reside a maioria das ofertas inovadoras.

“Os grandes bancos nos Estados Unidos e também em outros países, incluindo os da América Latina, começaram a migrar áreas específicas para nuvem. Isso porque a ação pode acelerar a inovação e a compliance na segurança”, afirma Conill, que vê o Brasil acompanhando o movimento.

“Aqui, o maior desafio são as leis de regulação de dados e garantir a segurança na nuvem, mas vemos que os provedores da nuvem estão fazendo investimentos no Brasil”, completa. “Nosso desafio está ligado à segurança e em como proteger os ambientes de uma forma que se consiga realmente provar quem tem acesso a seus dados, além de como são usadas a identidade e a localização de quem o faz”.

Para além dos benefícios do armazenamento dos dados na nuvem para os bancos, a iniciativa traz também facilidades para o cliente. “Normalmente as instituições são lentas em apresentar uma nova função ou produto, quando ele está na nuvem é possível lançar essas capacidades mais rápido, o que permite que os bancos inovem mais rápido e possam competir de forma mais efetiva. Em um mercado global, no qual as pessoas se tornaram ‘mobile first’, elas esperam que todos as aplicações funcionem”, completa Conill.