Relatório ISG Provider Lens sobre transformação de nuvem, XaaS e serviços relacionados mostra que os fornecedores locais são fortes na prestação de serviços para clientes de médio porte e em serviços gerenciados.

O mercado de computação em nuvem no Brasil está evoluindo de uma maneira única, oferecendo oportunidades para fornecedores locais competirem com grandes fornecedores multinacionais de serviços em nuvem, de acordo com um novo relatório publicado pela Information Services Group (ISG), uma empresa global especializada em pesquisa e consultoria em tecnologia.

O relatório ISG Provider Lens™ Serviços de Transformação / Operação de Nuvem e XaaS para o Brasil em 2019 revela que alguns grandes provedores de nuvem estão mais focados no mercado dos EUA, dando às empresas brasileiras uma abertura para expandir seus negócios relacionados à nuvem no País.

As potenciais economias de custo estão levando as empresas brasileiras a migrar as cargas de trabalho para grandes provedores de nuvem, segundo o relatório

O relatório lista os fornecedores de serviços em nuvem brasileiros como Sky.One, TIVIT, UOL Diveo e Dedalus Prime como líderes ou estrelas em ascensão em segmentos da transformação de nuvem brasileira, serviços de operação em nuvem e mercados XaaS. Os provedores brasileiros são particularmente fortes no atendimento a clientes de médio porte e no fornecimento de serviços gerenciados.

“Os provedores brasileiros de serviços têm uma janela de oportunidade de fazer parcerias com provedores de IaaS de hiperescala antes que o mercado fique lotado”, disse Esteban Herrera, sócio e líder global da ISG Research.

As potenciais economias de custo estão levando as empresas brasileiras a migrar as cargas de trabalho para grandes provedores de nuvem, segundo o relatório. A economia de custo médio é de 38%, embora esse número não seja tão alto quanto o sugerido pelos fornecedores de IaaS de hiperescala. Uma redução nos incidentes de infraestrutura pode ser mais atraente para algumas empresas.

Uma economia de custo de 30% ou mais é “uma boa razão para mudar para a nuvem, mas a necessidade de redução de incidentes e maior disponibilidade de infraestrutura é mais atraente em muitos casos”, disse Herrera.

O relatório observa que o uso de nuvem híbrida é comum entre as grandes empresas que ainda estão sobrecarregadas com sistemas legados, mas menos para empresas de médio porte. As empresas de médio porte que não têm escala ou complexidade para alavancar totalmente um datacenter privado podem obter economias significativas de uma abordagem de lift-and-shift (subir-e-mudar) ao mover sistemas legados, como o SAP, para nuvens corporativas.

No mercado de nuvem de hiperescala, a Microsoft e a Amazon Web Services são líderes no Brasil, com a Microsoft superando a AWS no valor total de contratos, segundo o relatório. A Microsoft tem 19.670 parceiros e revendedores no Brasil, enquanto a AWS tem 204, segundo o relatório. IBM, Google e Oracle estão nos estágios iniciais de criação de programas de parceiros na nuvem.

O relatório ISG Provider Lens™ Cloud Transformation / Operation Services e XaaS para Brasil avalia a capacidade de 29 provedores de nuvem que atendem esse mercado em cinco quadrantes: Transformação de nuvem pública para contas grandes, Transformação de nuvem pública para empresas médias, Serviços gerenciados de nuvem pública para contas grandes, Serviços gerenciados de nuvem pública para empresas médias, e IaaS Enterprise Cloud.

A TIVIT é listada como líder em todos os cinco quadrantes, e Dedalus Prime e UOL Diveo são listados como líderes ou estrelas em ascensão em quatro. Outros líderes ou estrelas em ascensão incluem a Sky.One, a BRLink, a Eveo, a Accenture, a Capgemini, a Claranet e a IBM. Outras empresas brasileiras avaliadas são: Atmosfero, CorpFlex, IPsense, Mandic, Penso, e Tecnocomp.