A busca por consumo mais eficiente tem impulsionado o mercado de lâmpadas LED que, além de reduzir o consumo de energia elétrica em até 85% em comparação às demais, duram até 25 mil horas mais do que as lâmpadas incandescentes. Essa foi uma das razões por que a TÜV Rheinland, subsidiária de um dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção, treinamento e gerenciamento de projetos, elevou em mais de 100% as emissões de certificados destes produtos desde 2018, quando passou a ser proibida no Brasil a comercialização de lâmpadas LED com dispositivo de controle integrado à base, sem certificado do INMETRO.

Segundo o coordenador geral de operações da TÜV Rheinland Brasil, Fabio Sora, apesar do crescimento vertiginoso de certificações destes produtos, já se faz necessário rever o nível mínimo de eficiência determinado para a certificação. “Como os índices foram definidos na época da entrada de vigência da portaria, em 2015, muitos já estão ultrapassados diante do avanço tecnológico dos produtos com LED. Isso significa que atualmente há lâmpadas LED disponíveis no mercado com eficiência bem superior aos limites estabelecidos”, afirma.

Hoje existem mais de 6.900 modelos de lâmpadas certificadas pelo INMETRO, das quais mais de 95% são de fabricação chinesa. A certificação atual, no entanto, abrange apenas as lâmpadas LED de uso comum, não considerando, por exemplo, luminárias de uso interno e lustres com LED acoplado, um mercado em crescimento no Brasil.

Segundo o especialista da TÜV Rheinland, a questão da conectividade também deve trazer impactos ao setor de iluminação. “Hoje são poucos os modelos de lâmpadas que possuem essa tecnologia incorporada, mas, com o advento da Internet das Coisas, o setor de iluminação deve crescer. No caso dos dispositivos com algum módulo de comunicação incorporado, como Wi-Fi ou Bluetooth, além da homologação junto à Anatel, vai ser importante desenvolver novos critérios e novas certificações para garantir a segurança e os níveis adequados de eficiência desses equipamentos”, explica.

Quais são os pontos de atenção para o consumidor?

A certificação e o selo do INMETRO nas lâmpadas LED são fundamentais para guiar os consumidores na escolha do produto de acordo com o nível de eficiência. “A certificação permite um maior ‘equilíbrio’ no mercado, uma vez que os fornecedores devem atender aos requisitos que consideram o cumprimento de itens de segurança conforme normas e valores mínimos de eficiência”, afirma Fábio Sora.

Segundo o especialista da TÜV Rheinland, na hora de comprar lâmpadas LED, o consumidor deve buscar sempre os produtos que tenham mais eficiência, ou seja, que tenham a melhor relação de fluxo luminoso por potência, que é identificado nas embalagens das lâmpadas como lm/W (lumens/Watts). “Hoje muitos consumidores ainda possuem como referência as lâmpadas incandescentes, em que quanto maior a potência, maior a intensidade luminosa, logo, uma lâmpada de 100 W ilumina mais do que uma de 60 W. No caso das lâmpadas LED1 a situação é diferente. Quanto maior a quantidade de lumens emitida, maior a intensidade luminosa e quanto menor a potência maior será a economia na conta de energia elétrica”, explica.