Gigantes como IBM, Microsoft e Google chamaram a atenção para a necessidade de um controle mais efetivo sobre aprendizado de máquinas

A Inteligência Artificial tem tido destaque no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Depois de Sundar Pichai, CEO da Alphabet, empresa do Google, afirmar que estamos vivenciando um dos momentos mais importantes em termos de humanidade, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que a regulamentação do uso e das aplicações de inteligência artificial “é crucial”.

Segundo o executivo, há um grande risco no poder que a inteligência artificial dá às máquinas, e aos homens que as comandam. É preciso regulamentar esse controle. A crítica principal é a reprodução de um viés preconceituoso que as máquinas, guiadas por algoritmos criados por técnicos humanos, podem trazer. O uso e controle de dados pelas empresas também teve destaque no discurso de Nadella. Segundo ele, a privacidade de dados deve ser vista como um direito humano.

A crítica principal é a reprodução de um viés preconceituoso que as máquinas, guiadas por algoritmos criados por técnicos humanos, podem trazer

A IBM também chamou a atenção para a regulamentação dos algoritmos da IA. A companhia teme que esses algoritmos possam se valer de padrões discriminatórios que podem prejudicar minorias, como mulheres, negros, pessoas com deficiência, LGBTs e idosos. A companhia apresentou no Fórum propostas para, junto com autoridades de governos, desenvolver conjuntamente padrões para medir e combater as possíveis discriminações. Entre as propostas, a IBM recomenda que empresas trabalhem com os governos para desenvolver padrões que não sejam distorcidos por fatores discriminatórios.

Para Sundar Pichai, CEO da Alphabet, a evolução de tecnologias como de reconhecimento facial pode ser usada tanto para o bem, como encontrar pessoas desaparecidas, como vigilância da população. Ele defende a regulamentação e afirmou que o esquema regulatório da tecnologia nos Estados Unidos e na Europa são um “grande começo”. Para ele, um esquema de colaboração semelhante ao Acordo Climático de Paris, realizado em 2015, pode garantir que a tecnologia seja desenvolvida com responsabilidade.