Uso de machine learning agiliza processo de pedido de indenização por problemas com voos

Graças ao desenvolvimento de Herman – o primeiro advogado robô, a AirHelp, organização especializada em direitos de passageiros aéreos do mundo, utiliza a Inteligência Artificial (IA) para facilitar, baratear e tornar muito mais acessível o pedido de indenização em caso de problemas com voos.

Observando o número crescente de atrasos, cancelamentos e overbooking no Brasil, os passageiros locais, mais do que nunca, precisam de ajuda. A AirHelp projeta que o número de passageiros brasileiros elegíveis a indenização por problemas com voos subirá para dois milhões até o final de 2019. Se comparar com os dados do ano passado, o número dobrará. Isto também impulsionará o setor de aviação a mudanças importantes nos padrões de atendimento ao cliente, assim como em eficiência.

O acesso a milhares de dados e casos anteriores permite que os bots quase eliminem qualquer possibilidade de erro humano

“Nosso objetivo no Brasil é munir os passageiros brasileiros com informações sobre seus direitos e oferecer-lhes apoio jurídico acessível com a ajuda de nossos parceiros locais, enquanto nos empenhamos para obter uma compensação legítima. O potencial da IA é imenso, não apenas neste âmbito, mas em muitos outros exemplos de injustiça legal, particularmente onde o resultado é menor que o compromisso financeiro do suporte jurídico. E, diferentemente do recurso de nicho de um advogado especializado em direitos dos passageiros, a IA é acessível a qualquer hora, em qualquer lugar”, explica Christian Nielsen, Diretor Jurídico da AirHelp.

A AirHelp lançou o primeiro advogado robô do mundo em 2016, e devido aos bons resultados obtidos com Herman, no ano seguinte Lara, um segundo advogado robô, foi desenvolvido. E desde então a tecnologia jurídica vem mudando. Herman já está envolvido em 100% das reivindicações recebidas, enquanto o robô Lara avalia 60% dos casos que passam por Herman

Este algoritmo inteligente acessa a experiência de milhares de reivindicações de indenização por voo bem sucedidas em mais de 35 países, o que significa que trabalha automaticamente com as novas reivindicações, sugerindo o melhor curso de ação e determinando as chances de êxito de uma reivindicação em tempo real.

Os bots são a solução para garantir que o processo de reivindicações seja o mais rápido, ininterrupto e eficiente o possível para os passageiros – eles são capazes de verificar documentos de viagem, efetuar avaliações jurídicas e analisar a jurisdição de uma reivindicação em segundos.

O acesso a milhares de dados e casos anteriores permite que os bots quase eliminem qualquer possibilidade de erro humano. O processo já foi utilizado com êxito em mais de 150.000 casos e estava correto 96% das vezes – 5% acima da taxa de êxito média obtida por humanos.

“Robôs são nossos amigos. Hoje, nossas soluções tecnológicas estão verificando documentos, conduzindo avaliações jurídicas e analisando quais serão as melhores jurisdições para nossas reivindicações, enquanto nossos funcionários humanos, com a ajuda de nossos parceiros locais, podem enfocar em desenvolver ainda mais nosso serviço e nossa empresa. No total, Lara e Herman economizam 1.960 horas de trabalho – e isto é apenas para nossos parceiros locais”, acrescenta Nielsen.

O uso de IA transformou drasticamente o processo de reivindicação dos direitos de passageiros aéreos. Hoje, tudo o que os passageiros precisam fazer é acessar o site da AirHelp e simplesmente digitar poucas informações do voo em um formulário. Após enviar o formulário, o sistema automaticamente informará ao passageiro seus direitos de indenização financeira. Esta verificação de elegibilidade demora poucos minutos e está disponível para qualquer pessoa, sem custo algum.

Se a companhia aérea se recusar a compensar os passageiros após a mediação da AirHelp, eles serão colocados em contato com os parceiros legais da AirHelp no Brasil, especialistas em direito dos passageiros aéreos brasileiros, que poderão auxiliá-los com o pedido de reivindicação na esfera judicial. É importante destacar que este serviço não apresenta custos aos passageiros se os advogados não conseguirem obter nenhuma recompensa da companhia aérea. Não há, portanto, risco financeiro para qualquer passageiro submeter uma reclamação através do site da AirHelp.
Trabalhando desta forma, desde 2013 a AirHelp ajudou mais de 16 milhões de pessoas ao redor do mundo a avaliar reivindicações perante a empresa aérea responsável.

Os passageiros brasileiros estão protegidos por uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC). A legislação mais relevante para passageiros é conhecida como Resolução ANAC Nº 400, que define claramente as responsabilidades das companhias aéreas em relação aos passageiros quando ocorrem atrasos, cancelamentos e reservas em excesso de voos. Garante ainda vários direitos aos passageiros, especificando com precisão quais tipos de assistência as companhias aéreas precisam fornecer e quando.

Sempre que uma companhia aérea deixa de prestar assistência, o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor permite que os passageiros solicitem uma compensação pelo inconveniente. As leis do Brasil permitem que os passageiros solicitem custos atrasados como comida, bebida e transporte após um problema de voo – estes são chamados de “danos materiais”.

Mas, de acordo com o Código do Consumidor do Brasil, os passageiros também têm o direito de buscar uma compensação pelo que é conhecido como “danos morais”. Isso significa que não há necessidade de os passageiros provar que incorrem em um custo – as leis entendem que tempo perdido, oportunidades perdidas e tratamento inadequado também são importantes e merecem ser recompensados. A lei se aplica a todos os viajantes aéreos que chegam ou partem de aeroportos brasileiros. O período de rescisão para solicitar indenização é de dois anos (para internacional) e cinco anos (para voos domésticos).