Projeto Pamgia, desenvolvido pela brasileira Imagem Geosistemas, visa unir dados da Amazônia e demais biomas, a fim de trazer mais celeridade ao processo ecossistêmico e transparência para a sociedade

 

Com o objetivo principal de monitorar dados geográficos em larga escala e subsidiar gestores e técnicos nas ações de planejamento, prevenção e, em especial, combate atos ilícitos ambientais na Amazônia Legal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a Imagem Geosistemas, apresenta a Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia).

Com o que há de mais moderno no mundo em monitoramento geoespacial, a Imagem Geosistemas – distribuidora oficial e exclusiva do ArcGIS, plataforma da norte-americana Esri, auxiliou o instituto na formatação de uma tecnologia robusta, que tem como principal função promover a integração entre os diversos temas ambientais de competência do Ibama, até o momento, geridas por diferentes portais digitais.

Imagem Geosistemas auxiliou o instituto na formatação de uma tecnologia robusta

“Com a execução do novo projeto, áreas de fiscalização, emergências ambientais, recuperação de áreas degradadas, uso dos recursos florestais, controle de emissão de resíduos, Cadastro Técnico Federal (CTF) e licenciamento ambiental, passarão a atuar de forma integrada, o que acarretará mais transparência dos dados”, revela Alexandre Moreno da Imagem Geosistemas. A plataforma contará também com painéis, relatórios quantitativos e mapas interativos, sendo uma resposta à reestruturação da administração dos dados de sensoriamento remoto e informações geoespaciais no Ibama, que poderão ser acessados por qualquer um, pela internet ou aplicativo.

“De emergências ambientais, a recuperação de áreas degradadas, uso dos recursos florestais e controle de emissão de resíduos. Todos os dados que gerimos estarão ali, à disposição da sociedade”, revela Samuel Vieira de Souza – diretor de proteção ambiental do Ibama.

Com tal investimento tecnológico, o Ibama acredita que terá aumento na qualidade da fiscalização dos biomas, que conseguirá intensificar a proteção de terras indígenas e, até mesmo, mitigar crimes ambientas no ato das práticas.

O que muda na prática

Atualmente, os dados produzidos pelo Ibama são compostos por ações isoladas, pouco integradas, em que cada área produz seus painéis específicos. Com o novo sistema será possível, em um único ambiente, promover análises e monitoramento on-line, a fim de que sejam tomadas decisões estratégicas e operacionais mais céleres, devido ao cruzamento de informações dos diversos temas do Ibama: Cadastro Técnico Federal (CTF), licenciamento ambiental, emergências ambientais, recuperação de áreas degradadas, uso dos recursos florestais, controle de emissão de resíduos, dentre outros. Também será possível acompanhar temas ambientais externos, como a situação de terras indígenas.

O desenvolvimento dos produtos, como relatórios, painéis e mapas interativos, permitirá que o servidor do Ibama tenha mais autonomia, agilidade e um acesso mais eficiente aos dados geográficos – parte de suas atribuições e competências diárias. Desse modo, será possível tornar o processo de pesquisa mais transparente, menos dependente de ações manuais.

Ainda, o instituto contará com as chamadas ‘salas de situação’, onde técnicos ficarão responsáveis por supervisionar, por meio de imagens simultâneas projetadas em telões, quantas equipes de fiscalização e das brigadas de combate aos incêndios florestais, por exemplo, estão em campo – ou qual a proporção de um possível impacto ambiental causado por uma mancha de óleo.

A tecnologia no campo

Para o diretor do Ibama, um dos diferenciais da tecnologia desenvolvida pela Imagem Geosistemas é a questão da mobilidade e segurança para o agente que está no campo, que permite a tomada de decisão mesmo há quilômetros de distância de Brasília. Neste projeto, o servidor poderá fazer uso de aplicativos instalados em seu celular, podendo “alimentar” a solução com dados em tempo real, e tudo ficará em um único banco de dados, com a possibilidade de criar alertas em caso de foco de calor, situações adversas em Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI), além de acidentes ambientais e áreas desmatadas.