Marcelo Furtado é CEO e fundador do Convenia

Se é líder de equipe ou até mesmo dono de um negócio, com certeza aumentar a produtividade dos colaboradores e reduzir custos são ações que constam no topo de lista de prioridades (ou de desejos).

Existem várias medidas que contribuem para atingir os resultados destacados acima. E uma delas – não tão óbvia para alguns gestores e que ainda conta com o bônus de melhorar o clima organizacional de empresas de qualquer porte – é a criação de uma política de home office.

De acordo com uma pesquisa recente conduzida pelo Banco do Brasil, implantar o home office pode elevar em aproximadamente 15% a produtividade dos funcionários da empresa – além de economizar 17% nos gastos. Mas, será que seu negócio é compatível com o trabalho remoto? Veja abaixo:

Como funciona o Trabalho home office segunda a nova lei trabalhista?

A nova lei trabalhista regulamentou a prática do home office, determinando como será feita a mudança do trabalho presencial para o remoto. Segundo determina a nova lei, essa virada de chave deverá ser feita por meio de acordo entre as partes, registrado em contrato.

Garantindo também a alteração do regime home office para o presencial por determinação do empregador, que, nesse caso, precisa garantir um período de transição de no mínimo 15 dias, com alteração em contrato.

Para a aderência dessa modalidade de trabalho, cabe ao empregador oferecer as condições de trabalho para que o empregado possa desempenhar suas funções em sua residência. Com isso, cabe ao empregador, o custo da implementação do home office, e a disponibilização de todos os equipamentos necessários.

Como adotar home office em tempos de crise?

São diversos os tipos de crise que podem levar as organizações a tomarem medidas restritivas, gerando a transformação no modo de trabalho. Aos que detêm o poder de decisão, cabe uma análise crítica da crise para que as decisões sejam positivas para a organização, bem como, para os colaboradores.

Há muito o mundo não passava por um período de crise que sucumbice em um despertar rápido e emergencial. Diante de pandemias, como a do atual COVID-19 , o RH precisa estar munido de soluções rápidas e eficazes e, o Home office é uma das opções que geram benefícios mútuos.

Diante do cenário atual, a luta contra a propagação do Coronavírus, requer que medidas firmes e extraordinárias sejam tomadas pelas empresas. Com isso, algumas ações de prevenção podem ser adotadas.

O home office oferece diversos benefícios para as empresas, pois permite que o fluxo de atividades permaneça no mesmo nível, mantendo a empresa em atividade, mesmo que em ambientes de trabalho diferentes. Além disso, o home office evita a concentração de pessoas no mesmo ambiente, ajudando no combate do COVID-19. Mas, para adotar esse regime de trabalho é necessário:

Garantir que os funcionários possuam um local adequado para trabalhar

Para liberar o home office a empresa precisa garantir que o colaborador terá os equipamentos necessários para o desenvolvimento normal do trabalho, como:

• Cadeira confortável;

• Telefone;

• Computador com acesso à internet;

• Soluções online para reuniões, entre outros.

Nesse caso, é necessário que o setor de RH, e os gestores, realizem o mapeamento para verificar os possíveis obstáculos, promovendo as ações a serem tomadas.

Concessão de benefícios corporativos

Durante o período de home office os benefícios corporativos, como vale-refeição e vale-transporte , passa a não ser mais uma obrigatoriedade da empresa. Com isso, cabe a cada organização definir se irá manter ou suspender a entrega dos benefícios nesse período.

Aderir ao home office é a melhor decisão frente a pandemia, assim não apenas resguardar os colaboradores, a empresa, também estará contribuindo para a não propagação do vírus. Em casos de setores e atividades que não podem adotar o home office, uma solução eficaz são as escalas de trabalho, pois elas ajudam a evitar a aglomeração de pessoas no mesmo ambiente e ao mesmo tempo.