Objetivo é concentrar esforços, otimizar recursos financeiros e profissionais para modernizar parque industrial

Os ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançaram a Câmara Brasileira da Indústria 4.0. O objetivo é integrar as políticas públicas do governo federal de fomento à indústria 4.0, manufatura avançada e internet das coisas.

O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, afirmou que o objetivo da Câmara é concentrar esforços, otimizar recursos financeiros e profissionais. “A iniciativa é um grande exemplo de colaboração entre sociedade, setor público e privado – e irá, efetivamente, contribuir para a modernização do parque industrial brasileiro.

A iniciativa reunirá atores do setor público, privado, entidades de capacitação e desenvolvimento tecnológico e academia

Para o ministro interino do MCTIC, Júlio Semeghini, a Câmara será fundamental para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação nas empresas e terá como frentes capital humano, cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores, regulação, normalização técnica, infraestrutura e investimentos.

A Câmara da Indústria 4.0 será uma instância de governança das diversas iniciativas e contará com um Conselho Superior, de caráter deliberativo, composto pelo Ministério da Economia, MCTIC e representantes da ABDI, CNI, Finep, CNPq, BNDES, Sebrae e Emprapii, além de Grupos de Trabalho, formados para prestar apoio técnico e apresentar soluções para temas específicos.

“A iniciativa reunirá atores do setor público, privado, entidades de capacitação e desenvolvimento tecnológico e academia”, explicou o secretário Caio Megale.

Uma das nove entidades que formarão o conselho superior dessa Câmara é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o presidente do banco, Joaquim Levy, o BNDES “estará firme” na infraestrutura e na indústria 4.0.

“O BNDES se junta a esse trabalho com disponibilização de crédito. Estaremos presentes com capital físico, financeiro e com nossos recursos humanos. São inúmeras as interligações [da indústria 4.0] dentro da economia. Pode ajudar a agricultura, por meio de colheitadeiras inteligentes que analisam o solo ou a meteorologia. Podem também ajudar no transporte, na segurança, na iluminação pública, entre outros”, argumentou.

Além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0 conta com o apoio de mais 12 associações empresariais de mercado.