Desenvolvido pela brasileira Csanmek, simulador digital é utilizado como alternativa ao uso de cadáveres para treinamento cirúrgico e dissecação virtual nas aulas de anatomia

Os alunos do curso de medicina da Universidade Paranaense (Unipar) acabam da ganhar uma nova tecnologia como método alternativo ao uso de cadáveres em aulas de anatomia. Trata-se da Plataforma Multidisciplinar 3D, que funciona como um simulador digital para treinamento cirúrgico e dissecação virtual.

Utilizado atualmente em cerca de 70 cursos de medicina (humana e veterinária) no Brasil, Estados Unidos, México e Peru, o simulador 3D, desenvolvido pela empresa brasileira da Csanmek, especializada em sistemas e soluções para o mercado educacional, funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano para treinamento de cirurgias virtuais.

Simulador funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano para treinamento de cirurgias virtuais

A plataforma, que pode custar entre R$ 200 mil e R$ 400 mil, possui ainda uma ferramenta de integração entre hospitais e salas de aula e oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes, pois permite que os professores convertam tomografias e ressonâncias magnéticas em clones virtuais 3D, com acesso total e irrestrito a anatomia real.

Também utiliza algumas linhas de atlas anatômicos e fisiológicos, com mais de 6,55 mil estruturas anatômicas idênticas, incluindo todos os órgãos e sistemas do corpo masculino e feminino, e pode ser usada em cursos de medicina, veterinária e demais áreas da saúde.

Entre as instituições brasileiras que possuem a tecnologia estão Faculdade das Américas (FAM), a Universidade de São Caetano do Sul (USCS), A Uninove (5 unidades em SP), a São Leopoldo Mandic (RJ), uma das principais faculdades de medicina do Brasil, a Universidade Guanambi, na Bahia, e a Faculdade Claretiano, entre outras.

Segundo o fundador da Csanmek, Claudio Santana, a expectativa para este ano é dobrar de faturamento, à medida em que as instituições de ensino no Brasil estão mais atentas às novas tecnologias de ensino e aos métodos alternativos ao uso de cadáveres no estudo da anatomia. “Apesar de ser um equipamento para educação, a plataforma 3D também é utilizada por médicos e profissionais da saúde no dia a dia, para melhorar o aprendizado e compreensão das estruturas anatômicas reais e modeladas”, comenta Santana.