O mercado de eventos presenciais, afetado pelo cenário de pandemia, precisou se adaptar rapidamente, tornando-se uma das principais ferramentas para criar e manter a socialização entre as pessoas, principalmente em ambientes corporativos, educacionais e culturais. Surgem então os chamados Eventos 4.0.

A diferença entre os Eventos 4.0 e os eventos online já conhecidos, como encontros e reuniões em salas de teleconferência, está na interação e integração do indivíduo àquele ambiente, algo que acontece em eventos híbridos, com parte do público presencial e outra parte acompanhando virtualmente.

O conceito vem da já conhecida Indústria 4.0, que une ambiente cibernético e inteligência artificial para simular a inteligência humana em máquinas, e Internet das Coisas (IoT), conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet.

“A interação é o que imerge as pessoas que estão virtualmente naquele evento, essa tem sido a maior vantangem e o maior desafio do Evento 4.0: como integrar o espaço digital com quem está fisicamente?”, questiona Binho Dias, Diretor de Produto da Blitzar, plataforma de eventos digitais interativos.

Em pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box, 75% dos internautas brasileiros já assistiram a uma transmissão ao vivo na tela do seu smartphone. O aumento no volume das produções, no entanto, exigiu profissionais e plataformas que o mercado já vinha preparando, com novas tecnologias e recursos inovadores.

No evento híbrido, as situações se unem com conectividade, visto que a internet é uma parte fundamental do evento, extrapolação geográfica, pois o evento pode ocorrer digitalmente onde quer que o indivíduo esteja, e metrificação de data analysis, para o controle de dados na plataforma. A metrificação surge como uma vantagem para o mercado, com a possibilidade de análise do que acontece nesse espaço e o tempo de cada usuário navegando pelo evento, algo ainda visto como desafio para o evento físico.

A união entre tecnologia e eventos híbridos

As possibilidades de modelagem para o evento são transformadas por palcos 3D, ao trazerem experiências imersivas com a aceleração digital, uma realidade acessível para as marcas que querem fazer sua propaganda nas redes. Com o aumento desses recursos, é possível simular diversos cenários em um único evento, como um novo universo em que é possível passear online por espaços criados digitalmente.

Com a chegada das marcas nesse ambiente digital, agora também é possível obter informações mais precisas de audiências utilizando recursos da plataforma e preferências de consumo, com a obtenção de dados como cadastros de usuários, número de acessos e nível de satisfação dos participantes.

Alguns recursos são aprimorados, como a adição de vídeos e interações com outros palestrantes remotos, o que traz uma familiaridade ao espectador, como ocorre em programas de televisão. Além disso, as interações com recursos de enquetes e postagem de hashtags nas redes sociais ajudam a reter a atenção do público.

A ideia é criar um novo universo online, já nomeado como metaverso, universo virtual onde os indivíduos interagem entre si por meio de avatares digitais. Esse mundo é criado a partir de diversas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas e outras realidades já inseridas no mundo online.

Nesse novo cenário, comunicação, diversão e negócios são coexistentes em uma única imersão, universo que ainda está em construção para que o online se modifique e aprimore em questão de alguns anos, algo já pensado pelas gigantes de tecnologia.

“Em um evento híbrido, você possui um evento físico ocorrendo e um outro digital se referindo a ele mesmo virtualmente, conhecido como metaevento ou evento 4.0. Quando você une esses dois mundos, buscando a unificação dessa experiência, gera uma relação especial a nível tecnológico”, finaliza Binho.