Vinicius Mendes é diretor regional de vendas da Netskope

No Brasil, a pizza é bastante consumida, principalmente em São Paulo. Mas ela também é conhecida pela conotação errada de que situações importantes não são tratadas com justiça ou com a devida punição, e que as pessoas envolvidas se reúnem para degustar uma pizza e depois seguem as suas vidas.

Entretanto, vou fazer uma alusão simples e mostrar para você que deixar as questões de segurança tanto da sua vida pessoal quanto da sua empresa “acabar em pizza” pode não ser tão saboroso.

Com a mudança de armazenamento das informações para a nuvem, ampliamos a capacidade de inovação. Isso faz com que os negócios sejam mais ágeis e as áreas internas das companhias – de todos os tamanhos – sejam autônomas para tomar decisões de forma mais rápida e assertiva.

Por um lado, essa rapidez permite que cada gestor tenha maior domínio de suas atividades. De outro, o time de segurança tem cada vez mais desafios em compilar todo tráfego e armazenamento, minimizando os riscos de invasão nos sistemas internos.

Outro desafio crítico desses times está relacionado ao aumento da adesão das empresas à nuvem. Não importa o fornecedor de nuvem pública escolhido, todos apresentam uma versão de “modelo de responsabilidade compartilhada”.

A Amazon Web Services (AWS), por exemplo, esclarece aos seus clientes que a migração para a nuvem não está atrelada ao controle completo pela outra parte e que a sua empresa é, ainda, responsável pela segurança do que está nos servidores.

E este movimento só tende a se intensificar. De acordo com o Cowen & Co, banco de investimentos norte-americano, 18% dos orçamentos de segurança foram alocados para soluções baseadas em nuvem em 2018. Espera-se que este número cresça em projeção aritmética de 10% ao ano, chegando a 38% em 2020.

Ainda segundo as projeções da instituição, o segmento de segurança cibernética se transformará rapidamente nos próximos 5 anos, à medida que os investimentos em nuvem aumentarem.

Escolha o sabor da sua pizza – Para entendermos melhor, consideramos a nuvem como uma grande pizza, na qual cada pedaço é um sabor: proteção de dados e ameaças; análises e insights; detecção de anomalias; auditoria; encriptação; controle de acesso de pós-auditoria.

A partir da orquestração dos times internos com a empresa de segurança, decide-se quem é o responsável por cada parte da proteção, o que varia com o modelo de nuvem utilizado pela sua empresa: IaaS (infraestrutura como serviço), PaaS (plataforma como serviço) e SaaS (software como serviço).

Estas propostas vieram para substituir o tradicional legado, onde todas as partes da pizza eram administradas dentro das companhias.

Começando pelo mais básico – a pizza de muçarela, assim digamos, o IaaS , as ações são divididas igualmente entre as partes. Conduz uma grande parte da carga de segurança, por isso é realmente vital manter as melhores práticas de segurança à frente.

Já na Plataforma como serviço (PaaS), a empresa de segurança é responsável por gerir a maior parte das atividades. Deixando com que a companhia foque em estratégias e novos produtos.

O Saas oferece um serviço e não um produto. Neste modelo de responsabilidade compartilhada, o software como serviço atua de forma integral para a companhia. Cabe ao cliente gerenciar os dados na nuvem, enquanto o provedor faz o gerenciamento e a análise da segurança da nuvem (software, tempo de execução, OS, redes, armazenamento e CPU).

Isto implica na descoberta de invasão e ameaças, proteção on e offline e em tempo real. De acordo com pesquisas da Netskope, foram reduzidos 98,2% do risco de perda de dados em empresas que implantaram o SaaS.

A pizza é o modo simples para entender que a segurança de qualquer companhia é fundamental para o resultado e perpetuação dos negócios.

Ainda mais em um momento de transição para a nuvem, onde todas as informações estão conectadas e podem ser acionadas de e em qualquer lugar. Por isso, investir em segurança é não deixar que o seu negócio acabe em pizza.