Em apresentação em São Paulo, Gil Rosen compartilhou como vislumbra os impactos da nova era da tecnologia 5G

 

“A aproximadamente um ano, nós poderemos reproduzir essa cena aqui em um ambiente completamente virtual, com cada um em suas casas mas, ao mesmo tempo, em projeção neste ambiente, como quase uma experiência presencial”. Assim, o futurista e CMO (Chief Marketing Officer) da Amdocs, Gil Rosen, exemplificou como a tecnologia 5G vai pavimentar o futuro das comunicações.

Segundo ele, que compartilhou a sua visão de futuro para alguns jornalistas em evento em São Paulo, o que vemos hoje da 5G é somente um pequeno começo do que está por vir. “Em termos de comparação, podemos dizer que estamos somente no andar térreo de um edifício muito alto”, pontua.

O que vemos hoje da 5G é somente um pequeno começo do que está por vir

A pandemia teve um grande impacto nas nossas vidas, o que Rosen chama de “Great Reset”. “Todas as empresas foram obrigadas a reinventar seus modelos de negócios, mas as de telecom se viram frente à uma grande ruptura. Trata-se não somente de rever a oferta, mas de adaptá-la ao desejo e necessidade do consumidor levando em conta uma mudança de cultura tecnológica e psicológica”, explica.

Nesta evolução do digital, a tecnologia permitirá grandes saltos, especialmente na maneira como nos relacionamos e como trabalhamos. E, para o executivo, não se trará de mais velocidade. Sim, 5G trará uma velocidade jamais vista, mas o ponto principal é que proporcionará um avanço tecnológico expressivo e dinâmicas totalmente novas. Em pouco tempo, as atuais e populares videochamadas – tão comuns em ambientes de trabalho conectados – serão vistas como totalmente ultrapassadas.

Essa mudança, pavimentada por uma internet de altíssima velocidade, trará novos caminhos para o mercado de negócios. Em uma pesquisa realizada com mais de 3 mil consumidores em 10 países, incluindo Brasil e México, a Amdocs constatou que um em cada dois executivos que atualmente trabalham de casa estão preocupados com a qualidade da sua internet doméstica. A segurança digital também é uma questão importante para 45%.

Consumidor- empresa

Esse retrato mostra um novo segmento de consumidor digital: o “consumidor-empresa”. Ele é um representante de companhia que trabalhando de casa acessa sistemas corporativos, faz negócios, utiliza streamings e plataformas digitais, e necessita de uma infraestrutura capaz de suportá-lo em todas as suas demandas, sejam elas corporativas ou não.

Nesse contexto, Rosen prevê que as operadoras poderão se ver frente a uma nova demanda de banda larga. Em termos práticos, essa necessidade pode incrementar o mercado de banda larga residencial, ao passo em que cada casa poderá ter duas conexões. Rosen pontua que Vodafone e Airtel já exploram essa possibilidade.